Marcelo Victor qualificou o primeiro ano da 19ª legislatura como “uma agenda de trabalho muito positiva”
O ex-secretário Municipal de Saúde e presidente do Diretório Estadual do Democratas, José Thomas Nonô, disse, na manhã dessa segunda-feira (29), no Programa Conjuntura da TV Mar, que o presidente da Assembleia Legislativa (ALE), deputado Marcelo Victor (Solidariedade), irá para o União Brasil e pode até comandá-lo, em Alagoas, quando o partido for formalizado.
Ele se filiará, inicialmente ao DEM, em dezembro, assim como o deputado Bruno Toledo. A futura legenda nascerá até fevereiro, com força para ter, inclusive, candidatura própria ao Governo do Estado.
Segundo o dirigente, os dois já vinham conversando sobre a fusão do PSL com o DEM e seus desdobramentos para o País e o Estado.
“Temos uma relação de amizade há muito tempo. E vínhamos conversando. Porque, com a mudança da legislação, precisamos ter gente. A conversa com o Marcelo já estava acertada. Fomos três vezes a Salvador e conversamos com ACM Neto. Então acertamos tudo para ele vir ao DEM. Mas tinha problema de fidelidade partidária. Somente agora ele está liberado para ir para onde quiser”, revelou Nonô.
“Os dirigentes partidários – DEM e PSL – começaram a discutir um novo polo na política, porque Bolsonaro está muito ligado, digamos assim, de uma forma bem suave, ao Centrão. E o Democratas jamais foi centrão. Jamais!”, disse Nonô.
Sobrevivência
Ele explicou que fusão é uma estratégia de sobrevivência, porque a nova legislação exige que os partidos sejam densos. Como exemplo, citou a eleição para vereador. Nonô explica que, pelo novo contexto, para eleger um deputado federal, terá que ter 170 mil votos no mínimo e 60 mil para estadual. Sendo assim, com o atual tamanho do partido no Estado, seria muito difícil eleger um parlamentar pela legenda.
“Sendo assim, estamos introduzindo uma alternativa conservadora, mas que não é centrão. E, em termos de formação de bancada, sobre
tudo na Câmara Federal, onde, assim que o partido nascer, teremos a maior bancada. O que está faltando são formalidades. Sendo assim, deveremos estar com tudo devidamente formalizado até fevereiro, em tempo hábil para disputar a eleição com o número 44″, garantiu Nonô.
Do ponto de vista local, Nonô também analisou que a situação política estava muito cristalizada. De um lado, os Renans – pai e filho – no MDB; por outro, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e JHC, que ainda não conseguiu crescer mais além do próprio partido.
Além disso, há uma conjuntura favorável para o surgimento do partido, uma vez que o governador Renan Filho (MDB) só pensa em deixar o caminho livre para ser candidato ao senado. E, em função desse desejo, não preparou nenhuma liderança para disputar o comando do Estado. Ou seja, há um espaço a ser preenchido e pode ser pelo novo partido.
Fonte: Gazeta Web
Foto: Assessoria
Marcos Rodrigues