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10 de março de 2025

Lula recebe Maduro no Brasil pela segunda vez em dois meses

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela segunda vez neste ano. Ele é um dos chefes de Estado que estarão no Brasil para participar da Cúpula da Amazônia, que ocorre entre terça e quarta-feira (9) em Belém (PA).

Juntamente com outros representantes de países que tem a floresta amazônica em seus territórios, Lula e Maduro devem assinar a ‘Declaração de Belém’, em que se comprometem a fazer um trabalho de cooperação de proteção do bioma e desenvolvimento sustentável da região.

A última vez que Nicolás Maduro esteve no Brasil foi no fim do mês de maio, quando participou da cúpula dos presidentes do Mercosul. Ao todo 11 chefes de estado da América Latina estiveram em Brasília.

Naquela ocasião, a presença do venezuelano gerou desconforto em outros líderes internacionais. O presidente do Chile, Gabriel Boric, que é de esquerda, criticou as falas de Lula em defesa do regime do ditador venezuelano, Nicolás Maduro. 

Após receber Maduro no Palácio do Planalto, Lula disse que Maduro precisava “construir uma narrativa” para rebater a má reputação de seu regime perante a comunidade internacional.

De frente ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério de Relações Exteriores, Boric foi crítico ao mandatário brasileiro. “Não é uma questão de narrativa. É uma coisa real e é séria. Exige uma posição firme e clara de que direitos humanos devem ser respeitados sempre”, disse naquela ocasião.

Gabriel Boric, que é filiado a um partido de esquerda, não virá ao Brasil. Isso porque o Chile não tem a Floresta Amazônica em seu território. Diante disso, desembarcam no Brasil os representantes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

Outra situação embaraçosa para o petista foi em julho. Ao assumir a assumir a presidência rotativa do Mercosul e, na presença dos demais chefes de Estado do bloco econômico, Lula evitou criticar a situação na Venezuela ao dizer que os “defeitos não estão só de um lado, mas que os defeitos são múltiplos”.

Ao contrário de outros presidentes sul-americanos que criticaram a situação do país vizinho, o petista disse que a solução passa pelo diálogo e que não adianta “isolar” ninguém.

A Venezuela era uma nação associada ao bloco, mas foi suspensa em 2017. Os membros do Mercosul entenderam que o país violou a ordem democrática.

O governo Lula retomou relações diplomáticas com regime de Nicolás Maduro, que foram interrompidas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Hidrelétrica de Guri na Venezuela

Na última sexta-feira (4), Lula assinou um decreto  que autoriza a importação de energia elétrica da hidrelétrica de Guri, na Venezuela, para atender sistemas isolados na região Norte do Brasil, como é o caso do estado de Roraima.

No início do governo de Bolsonaro, o Brasil deixou de comprar energia elétrica do país vizinho. As negociações ficaram suspensas durante quatro anos. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou comentar sobre a retomada da parceria comercial.

“Por uma questão política, na minha opinião, completamente distorcida do interesse público, se deixou de comprar essa energia de Guri e passou a comprar energia de três térmicas, duas a gás e uma a óleo diesel, colocando mais de 40 caminhões por dia na BR do Estado. Um óleo diesel que é pago por todo consumidor brasileiro”, disse à Globo News.

Fonte: O Tempo
Foto: Ricardo Stuckert

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