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Prêmio Selma Bandeira homenageia mulheres de diversos segmentos em Alagoas

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O Prêmio Selma Bandeira vai homenagear mulheres de diversos segmentos em Alagoas e no Brasil nesta segunda-feira (23). Esta é a 13ª edição da premiação, que acontecerá às 20h no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), a Casa da Indústria, localizada no bairro do Farol, em Maceió. Serão homenageadas 18 mulheres, escolhidas entre 120 indicadas. Este ano o prêmio será alusivo à campanha “outubro Rosa”.

Conforme o produtor cultural Marcus Assunção, que está à frente do evento, a escolha não foi fácil porque Alagoas tem muitas mulheres expressivas, fortes e com belas atuações. “Elas fazem jus ao reconhecimento. Até porque a mulher Selma Bandeira foi uma grande guerreira, cidadã, humanista, médica, mãe, família e visionária. Uma mulher de fibra e luta.

Eu posso dizer, uma mulher muito além do seu tempo. Se fosse viva hoje, com certeza, seria uma deputada federal, senadora ou governadora de Alagoas”, avalia. Ele destaca que todas as mulheres recebem a premiação por mérito.

                                                                           Marilene Canuto, diretora comercial da Jorgraf (Foto: Edilson Omena)

Entre as homenageadas desta edição está Marilene Canuto, diretora comercial da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf), que é detentora do jornal Tribuna Independente, portal Tribuna Hoje e TV Tribuna.

Marilene Canuto atua na área comercial do ramo jornalístico e gráfico há mais de 40 anos. Somente em Alagoas, são mais de 30 anos de atuação profissional, sendo 16 anos à frente do jornal Tribuna Independente.

Também está à frente do comercial do portal Tribuna Hoje, que nasceu depois.Reconhecida no estado pelo seu dinamismo, Marilene Canuto destaca que o segredo de tantos anos na área é o resultado de muito esforço, trabalho e dedicação ao que faz. “Já acordo pensando no que vou fazer. Sempre traço os objetivos e metas a serem atingidos. Aprendi com meus pais que o trabalho dignifica e, assim, tenho pautado minha vida profissional”, diz Marilene.

 

                                                                           Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Elia Pontes (Foto: Acervo Pessoal

Também receberá a honraria nesta edição do evento a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Elia Pontes. Alagoana, com natureza filantrópica, ela está na rede de apoio às pessoas com câncer desde a reativação da instituição em 2001. Foi a segunda presidente da entidade, no período de 2004 a 2006, e voltou ao comando em 2022. Ligada à Santa Casa de Misericórdia de Maceió, a rede foi fundada 1973, mas depois, desativada.

Professora aposentada da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e membro da mesa diretora da Santa Casa, Elia Pontes recebeu a notícia de que receberá o Prêmio Selma Bandeira com surpresa e atribuiu a escolha de seu nome ao trabalho em equipe desenvolvido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. “Essa honraria aconteceu não em relação a minha pessoa e sim ao local onde estou servindo hoje. Então meu sentimento é de gratidão. Mas não trabalho sozinha. É um conjunto. Sozinha a gente não faz nada. Recebo esse prêmio com amor para a rede feminina, sem a qual meu trabalho não seria possível”, disse emocionada.

 

                                                               Assessora especial da presidência da AMA, Larissa Ferro (Foto: Acervo Pessoal)

Outra homenageada é a assessora especial da presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Larissa Ferro. Natural de Minador do Negrão, formada na área de Tecnologia em Gestão Pública. Hoje trabalha como gerente de Secretaria e Articulação Municipal, aproximando as gestões da entidade e promovendo a integração no municipalismo alagoano, além de realizar a coordenação de programas e encontros municipais, tendo seu trabalho como referência dentro das prefeituras de todo o Estado. Contribui também como assessora executiva na Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp).

“Fico muito feliz ter sido convidada para receber esse prêmio tão tradicional em nosso estado, que leva o nome de uma grande mulher alagoana que é a Selma Bandeira. Fico feliz também por perceber que o meu trabalho e a minha dedicação são reconhecidos. Isso é um combustível para seguir fazendo sempre o melhor”, disse Larissa Ferro.

                                                                          Procuradora da República Niedja Kaspary (Foto: Acervo Pessoal)

A procuradora da República Niedja Kaspary, que atualmente está à frente da Coordenadoria do Grupo Tutela Coletiva e Meio Ambiente do Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL), também receberá o Prêmio Selma Bandeira. Niedja também atua como procuradora substituta da Regional do Direito do Cidadão e é representante da 3ª Câmara na Procuradoria da República em Alagoas (3ª CCR/AL).

Alagoana de Maceió, Niedja Kaspary estudou Direito na Universidade do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira na área jurídica como procuradora daquele estado. Também cursou a Escola de Magistratura do Rio Grande do Sul (pós-graduação lato sensu). Ela integra o quadro de membros do MPF desde 1998, tendo atuado como procuradora da República nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco, antes de ser removida, a pedido, para a Procuradoria da República em Alagoas, onde está desde 2003.

No MPF/AL, Niedja Kaspary integra também o cargo de diretoria no Ministério Público do Consumidor (MPCons); de coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) do MPF “Alimentação Adequada”; e é membro do GT Educação e GT Planos de Saúde.

“Para mim é uma honra e um privilégio ser reconhecida pelo meu trabalho no Ministério Público Federal justamente com o prêmio Selma Bandeira. Ela que foi uma mulher extraordinária que dedicou sua vida à luta pelos direitos dos cidadãos alagoanos e pela igualdade de direitos das mulheres. Atuo justamente na defesa dos direitos dos cidadãos e para mim este reconhecimento tem um sabor especial. Meu maior sonho é o dia em que o acesso às políticas públicas será uma realidade para todos, independente da atuação do MPF. O prêmio que agora receberei dedico, especialmente, aos destinatários de minha atuação como procuradora da República, pois eles são os verdadeiros merecedores de todas as homenagens”, ressaltou Niedja Kaspary.

A lista de homenageadas segue com a deputada estadual Rose Davino (Progressistas) – atualmente licenciada do cargo; a deputada estadual Flávia Cavalcante (MDB); a vereadora por Maceió Olívia Tenório; a secretária de Agricultura e Pesca de Alagoas, Carla Dantas; a professora do Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac), Carla Apratto; a mestre e artesã Adriana Chalupe; a prefeita de Igreja Nova, Verônica Dantas; a médica reumatologista Maria Eugênia; a secretária de Assistência Social de Satuba, Vera Maria; a superintendente da Polícia Federal em Alagoas (PF/AL), Luciana Paiva; a enfermeira Michelle Silveira; a policial civil Andrea Tenório; a delegada da Mulher e Direitos Humanos, Ana Luiza Nogueira; e a superintendente da Cultura e Economia Criativa, Natália Teles.

QUEM FOI SELMA BANDEIRA

Selma Bandeira nasceu em Delmiro Gouveia no dia 1º de janeiro de 1944. Médica formada pela Ufal, ela lutou ao longo de sua vida pelos direitos dos cidadãos alagoanos e igualdade de direitos para as mulheres. Destacou-se pela sua militância política e pelo papel ativo na luta a favor da cidadania.

Por causa de sua atuação, em 1968, foi presa em São Paulo durante a sua participação no 30º Congresso da UNE. Foi solta no dia 17 de outubro do mesmo ano, após ser indiciada pela Lei de Segurança Nacional.

Também foi perseguida pela polícia de São Paulo. Ao não conseguir encontrá-la, o delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury veio a Maceió, em 1973, para prender seus irmãos. Eles foram levados a Recife e torturados durante 30 dias.

Em 1978, ela foi presa em Recife, quando seu apartamento foi invadido por mais de 30 policiais. Foi a primeira presa política a ser beneficiada com a Lei da Anistia após um ano e três meses de sua prisão.

Quando solta, voltou a Maceió e se filiou ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), onde atuou como médica sanitarista. Foi eleita deputada estadual em 1982.

Selma Bandeira morreu aos 42 anos, em 1986, em um acidente de trânsito, quando ia a Viçosa para um evento de campanha para deputada federal. Sua morte causou grande comoção e seu legado nunca foi esquecido, tornando-a um símbolo revolucionário, reconhecida e respeitada pela sua luta a favor do povo alagoano.

REALIZAÇÃO

O Prêmio Selma Bandeira foi criado pela produtora cultural, técnica em Turismo e executiva em eventos Maria Francineide de Araújo Rocha, a Fafá Rocha. Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus a produção do evento manteve sua realização.

Realizado por Fortes Empreendimentos e Eventurs, o prêmio tem produção cultural de Marcus Assunção, coordenação geral de Fafá Rocha, produção executiva de Leonardo Fortes e direção de Marina Fortes. E conta com o apoio da Fiea, da AMA, Algás, Pitú, DH Tecidos, Nova Aldisa Arapiraca Diesel, Aminna Semijóias e MA Associados.

Fonte: Redação IO
Fotos: Reprodução

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