Em mais uma atualização sobre a situação da guerra na Ucrânia, Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca, confirmou que os Estados Unidos pretendem negociar a importação de petróleo proveniente da Venezuela.
Nesta segunda-feira (7/3), em entrevista transmitida ao vivo de Washington, Psaki adiantou que militares norte-americanos estão reunidos com autoridades venezuelanas para discutir um possível acordo comercial. Irã e Arábia Saudita também estão no radar norte-americano.
Essa é uma tentativa americana de isolar o presidente russo, Vladimir Putin, e frear a guerra no Leste Europeu. A Rússia é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.
A Venezuela é comandada pelo presidente Nicolás Maduro (foto em destaque), considerado um violador da democracia. Até então, este era o principal argumento dos Estados Unidos para não manter acordos comerciais com o país.
Psaki, no entanto, admitiu que o presidente Joe Biden ainda não tomou uma decisão definitiva.
Opep
O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, admite que a entidade precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar” pelo mercado.
Barkindo, em entrevista transmitida ao vivo, disse que trabalha pela estabilidade do preço e que, mesmo se a Rússia sair do mercado, a Opep manterá o fornecimento “confiável”.
O preço do petróleo aproximou-se dos US$ 140 nesta segunda-feira (7/3), nos mercados internacionais.
“Temos o princípio de tentar manter a estabilidade do mercado global, ao mesmo tempo que garantimos o fornecimento para todos. Nossos membros continuam fazendo o melhor dentro das circunstâncias”, frisou.
Reunião de chanceleres
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pretendem se reunir na quinta-feira (10/3) para discutir, pela quarta vez, um possível acordo de cessar-fogo.
O encontro foi confirmado nesta segunda-feira (7/3). Desta vez, os chefes da diplomacia russa e ucraniana se reunirão na Turquia, considerado território neutro no conflito.
Entenda
Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
A invasão – marcada por ataques com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis – fez a comunidade internacional impor amplas sanções econômicas contra a Rússia.
Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multibilionários, não podem realizar transações na Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram a invasão.
Arte/Metrópoles
Fonte: Metrópoles
Otávio Augusto
Foto: Ansa Brasil