DÓLAR HOJE:
Euro Hoje
18 de outubro de 2024
Search
Close this search box.

Alzheimer: Medicamento consegue retardar progressão da doença

Compartilhe este artigo

Pesquisadores relataram nesta terça-feira (29) que uma droga experimental retardou moderadamente o inevitável agravamento do Alzheimer, doença que lentamente destrói habilidades de memória e pensamento e outras funções mentais importantes.

O lecanemab, produzido pela empresa americana de biotecnologia Biogen juntamente com a farmacêutica japonesa Eisai, já havia mostrado resultados positivos em setembro, quando foi anunciado que a droga diminuiu cerca de 27% a taxa de declínio cognitivo em uma escala de demência clínica durante um período de 18 meses (taxa essa comparada com a de pacientes que receberam placebo).

Agora, as empresas divulgaram os resultados completos de seu estudo com quase 1.800 participantes entre 50 e 90 anos com Alzheimer em estágio inicial em um congresso em San Francisco, nos Estados Unidos, e publicaram o material no prestigiado periódico científico The New England Journal of Medicine.

Os novos dados, porém, embora bastante celebrados, mostraram que a droga – um anticorpo projetado para remover depósitos de uma proteína chamada beta-amilóide, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer – foi associada a um tipo perigoso de inchaço cerebral em quase 13% dos pacientes que participaram do estudo.

Alguns pacientes também apresentaram sangramentos no cérebro, com cinco sofrendo macro-hemorragias e 14% sofrendo micro-hemorragias – um sintoma ligado inclusive a duas mortes de pessoas que receberam a droga em um estudo de acompanhamento.

Em um comunicado, a Eisai disse acreditar que as mortes “não podem ser atribuídas ao lecanemab”.

Essas fatalidades, contudo, ainda estão sendo investigadas, visto que o cientistas ainda não sabem ao certo se foram causadas pela droga.

Maria Carrillo, diretora científica da Associação de Alzheimer dos EUA, afirma que o resultado do estudo é importante justamente porque mostra que a droga ataca a beta-amilóide, um dos principais fatores responsáveis pela progressão do Alzheimer, mas faz uma ressalva.

Apesar disso, qualquer atraso no declínio cognitivo no início da doença pode ser significativo para “quanto tempo temos com nossos entes queridos em um estágio da doença em que ainda podemos aproveitar nossa família”, acrescentou ela.

A Eisai agora está buscando a aprovação da droga com a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), a reguladora norte-americana.

Segundo a agência Associated Press, uma decisão sobre a aprovação do medicamento é esperada para o início de janeiro.

Fonte: G1
Foto: Reprodução

Compartilhe este artigo

Deixe seu comentário

Para comentar na página você deve estar logado em seu perfil do Facebook. Este espaço visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria. Comentários com tons ofensivos, preconceituosos e que firam a ética e a moral poderão ser denunciados, acarretando até mesmo na perda da conta. Leia os termos de uso e participe com responsabilidade.

Comercial

Redação

© COPYRIGHT 2023 – GOCOM GRUPO ONLINE DE COMUNICAÇÃO. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.