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18 de abril de 2024
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“Queremos uma cidade com vida digna para todas as famílias”, diz Lenilda Luna

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Lenilda Luna, candidata da Unidade Popular (UP) a prefeitura de Maceió, discursa durante ato de campanha. (Foto: Assessoria).

De olho nas Eleições 2020, o Imprensa Online realiza uma série de entrevistas com os candidatos a prefeitura de Maceió. O objetivo é ampliar o debate político dando vozes a todos os protagonistas e ajudar o eleitor a fazer a melhor escolha para a gestão dos próximos anos da capital alagoana.

Por isso, diante de uma linha editorial democrática, ficou determinado que todos os candidatos vão responder as mesmas perguntas para ajudar na comparação das ideias de cada candidato.

A nossa 4º entrevistada é a candidata do partido Unidade Popular (UP), Lenilda Luna. Ela tem 53 anos, é jornalista, pedagoga e radialista. Atualmente, trabalha como concursada da assessoria de comunicação social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A candidata a vice na chapa é Vânia Gomes, catadora de materiais recicláveis.

1. Quem é a candidata Lenilda Luna?

“Sou jornalista, pedagoga e radialista. Desde a pré-adolescência sou ativista social, quando participei dos movimentos da Igreja Católica. Fui diretora da Educativa FM e do Instituto Zumbi dos Palmares por cinco anos. Como jornalista, atou como repórter e âncora em seus 18 anos de TV. Atualmente, trabalha como jornalista concursada da assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas. É presidenta municipal da Unidade Popular e liderança do Movimento de Mulheres Olga Benario e do Movimento Luta de Classes. Estou candidata da prefeitura de Maceió juntamente com Vânia Gomes, liderança comunitária e dos catadores de materiais recicláveis em Alagoas”.

2. O que a motiva e a qualifica a concorrer ao cargo de prefeita de Maceió?

“Minha principal motivação sempre foi a de perceber que é um mundo novo é possível, livre da exploração, da fome e da miséria, na qual todos os seres humanos tenham direito ao trabalho, educação, saúde e moradia, com qualidade e segurança. Na minha trajetória de vida desenvolvi trabalhos sociais importantes, como exemplo em 1994, fui assessora da Secretaria Municipal de Educação de Maceió e responsável pela implantação da gestão democrática, bem como pela primeira eleição direta para diretores escolares. A democracia e a gestão participativa são marcos importantes no meu plano de governar Maceió com o povo no poder”.

3. O que representa a sua candidatura a prefeitura de Maceió?

“A minha candidatura representa o sonho coletivo na qual vimos construindo à Unidade Popular. O sonho de que com organização coletiva é possível que os trabalhadores e trabalhadoras possam superar os problemas sociais e estruturais no qual vivemos. Neste sentido, a candidatura Lenilda e Vânia representa as trabalhadoras e trabalhadores que sonham, acreditam e constroem no seu dia a dia uma sociedade mais justa, com muita luta coletiva e organização popular”.

4. Na sua opinião, quais são os maiores problemas da capital alagoana?

“Não são poucos os problemas enfrentados pela população de Maceió, e estamos com uma equipe de profissionais em diversas áreas voltados a pensar na solução desses problemas para o funcionamento da cidade. Destacamos que um grande desafio que lidamos hoje é com o caso “Braskem” que destruiu vários bairros de Maceió, e junto a história e a vida da cidade e das pessoas, a cada dia se descobre que o problema é maior. Outro problema que não iremos mais tolerar no nosso governo é o analfabetismo e a falta de creches, a educação definitivamente deixará de ser prioridade no papel e será na prática”.

5. Como o seu plano de governo vai lidar com esses desafios?

“Nossas propostas direcionam o poder público para ir ao encontro das organizações populares.. Assim, iremos Formar um gabinete de gerenciamento de crise para acompanhar e orientar as famílias que foram vítimas da mineração da Braskem na garantia do pagamento de indenizações e de oferta de serviços. Na educação, iremos erradicar o analfabetismo organizando brigadas e ensino, e criaremos creches em todos os bairros para suprir toda a demanda de ensino”.

6. Quais são suas prioridades na gestão da prefeitura de Maceió?

“Nossa prioridade será em acabar com o foço social que existe em Maceió entre “a cidade dos ricos e a cidade dos pobres”, os ricos já tiveram sua chance de governar e mudar essa realidade e abandonaram as periferias e grotas da cidade. Assim, vamos governar pensando sempre em desenvolver as tecnologias sociais que existem nos bairros populares de Maceió. Contamos com um robusto plano educacional para isso”.

7. Qual é o diferencial do seu plano de governo?

“O diferencial do nosso plano de governo é o povo no poder. Iremos valorizar e destacar a ação coletiva na luta por direitos e na fiscalização dos atos da gestão, com o fortalecimento dos conselhos municipais e a criação de fóruns populares nos diversos bairros. Vamos estabelecer o orçamento participativo e a gestão democrática em todas as pastas da Prefeitura de Maceió. O princípio dessa iniciativa é ressaltar a participação cidadã, contribuindo para a capacitação das lideranças populares e sindicais na gestão da cidade”.

8. Como é possível desenvolver políticas para uma cidade como Maceió que possui riqueza e pobreza convivendo lado a lado?

“Precisamos desenvolver políticas públicas para os que mais precisam, essa é a função do poder público. Iremos taxar grandes fortunas, cobrar as dívidas de ISS dos grandes empresários que devem ao município e criar o IPTU progressivo, paga mais quem ganha mais. A criação de uma renda mínima para a população mais carente também estamos estudando como criar. Mas pretendemos desenvolver e apoiar empreendimentos populares como as cooperativas de catadores de materiais recicláveis, que Vânia é uma das lideranças. As compras públicas e o microcrédito orientado são muito importantes para a geração de emprego e renda”.

9. Ao menos quatro bairros de Maceió vêm enfrentando uma grave crise estrutural e essa situação pode se estender para outras localidades próximas. Como o senhor (a) enxerga essa problemática e quais soluções podem ser tomadas a curto e médio prazo para socorrer as famílias afetadas?

“Não é uma crise estrutural, os culpados tem nome e não devemos escondê-los, foi um problema criado pela Braskem e os gestores públicos que permitiram a exploração de minérios no subsolo de uma região já habitada. Iremos formar um gabinete de gerenciamento de crise para acompanhar e orientar as famílias que foram vítimas da mineração da Braskem na garantia do pagamento de indenizações e de oferta de serviços, financiados pela empresa, de atendimento psicológico, recolocação no mercado de trabalho, incentivo aos pequenos negócios e recolocação da moradia”.

10. Por fim, caso seja eleita, o que a população pode esperar de Lenilda Luna como prefeita?

“Um compromisso em aplicar o orçamento da Prefeitura e dos recursos federais rigorosamente em projetos e programas que possam atender a população mais pobre da cidade. Todos os nossos esforços devem ser voltados para reduzir as desigualdades sociais. Queremos uma cidade com vida digna para todas as famílias”.

Candidata a prefeitura de Maceió pela Unidade Popular (UP), Lenilda Luna participa de ato no Centro da Capital. (Foto: Assessoria).

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