A preservação do patrimônio cultural de Alagoas tornou-se um ponto crítico devido à falta de organização da Prefeitura de Maceió. O evento realizado no primeiro dia do ano de 2023, protagonizado pelo Cantor Bell Marquês e pela renomada Escola de Samba Beija Flor, revelou uma preocupante negligência em assegurar a integridade dos valiosos equipamentos culturais do estado durante o percurso.
Lamentavelmente, o resultado dessa falta de cuidado foi um episódio de vandalismo no icônico “Marco dos Corais”. Participantes do evento promovido pelo Prefeito JHC demonstraram uma notória falta de educação cultural ao danificarem essa obra de arte que embeleza Alagoas. Os vândalos subiram na escultura do renomado escultor e artista plástico Reinaldo Lessa, provocando várias rachaduras na obra que ele descreve como “estrutura do ouriço com as formas do movimento do mar e com a sensação dos ventos”.
Reinaldo Lessa, que já teve suas obras expostas em locais prestigiosos como o Hotel Copacabana Palace, no Rio, New York, São Paulo, Recife, Olinda e Belém do Pará, contribui significativamente para a cena artística não apenas nacional, mas especialmente em Maceió, sua cidade natal. No entanto, é preocupante observar a ausência de apoio e reconhecimento do Prefeito JHC aos artistas locais, exemplificado pela falta de pagamento dos cachês aos artistas da terra.
Além disso, a falta de suporte às Escolas de Samba de Maceió é evidente, contrastando com a generosa contribuição de mais de 8 milhões de reais da Escola de Samba Beija Flor do Rio de Janeiro. Esse desequilíbrio financeiro revela a necessidade urgente de revisão nas políticas de apoio à cultura local.
O prejuízo causado à escultura no “Marco dos Corais” é incalculável. Fica a dúvida se o Prefeito JHC assumirá a responsabilidade e indenizará os danos causados a essa obra de arte tão emblemática. Talvez seja imperativo implementar uma proteção natural ao redor da escultura, utilizando plantas, a fim de evitar a aproximação de pessoas que não compreendem a importância de preservar o patrimônio público e, principalmente, uma obra de arte tão significativa.
O respeito ao legado cultural de Alagoas deve ser uma prioridade, e é crucial que a administração municipal reveja suas estratégias para garantir a proteção adequada desses tesouros artísticos.
Redação IO
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