Previsão é de retomada dos cruzeiros em parte das cidades do Nordeste só em novembro, segundo presidente da ABAV
Mesmo após o Ministério da Saúde autorizar no fim do mês passado a volta dos cruzeiros, em Alagoas a atividade continua suspensa. Com isso, nenhum navio com turista deve atracar no Porto de Maceió nesta temporada, e cerca de R$ 1 milhão deixa de circular na cidade com a vinda de cada embarcação.
A previsão é de retomada dos cruzeiros em parte das cidades do Nordeste em novembro, segundo informou o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav/AL), Samuel Silva. A suspensão deve-se a uma orientação da Anvisa sobre os riscos de manter a atividade nesse período de covid, que acabou sendo seguida pelos órgãos públicos. Isso acarretou na suspensão da operação em Salvador, que interferiu em outras capitais, incluindo Maceió.
“Sem dúvida que gera um prejuízo. Isso é notório. Afeta o turismo emissivo e receptivo. Estamos aguardando decisões sobre como vai ficar, mas fomos informados que a previsão é de retomada em novembro”, diz Samuel Silva.
Em nota, a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel) informa que Maceió receberá a temporada de navios de 2022 / 2023, que terá início em dezembro de 2022. O navio Costa Diadema, previsto para abril de 2022 conforme informações passadas pelo Porto de Maceió, aportará na capital apenas com tripulantes.
“A Secretaria reforça, ainda, que a Temporada de Cruzeiros pode sofrer alterações sem aviso prévio das companhias, e que a suspensão da temporada também ocorre em outras cidades do Brasil, como Recife, Salvador, Ilhéus, entre outras”, informa trecho da nota da Semtel.
Uma programação inicial da temporada em Maceió previa que os transatlânticos chegariam à capital alagoana nos dias 9, 16 e 23 de março e para os dias 12 e 13 de abril. Em nota, a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) e seus membros confirmaram a continuação da temporada nacional de cruzeiros no Brasil com 19 roteiros que passarão por oito destinos dos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, incluindo Balneário Camboriú, Itajaí, Porto Belo, Santos, Ilhabela, Rio de Janeiro, Angra dos Reis/Ilha Grande e Búzios.
E acrescenta que esses destinos “estão totalmente alinhados para implementar rigorosos protocolos de segurança que valorizam a saúde das pessoas e garantem a alta qualidade das experiências oferecidas aos cruzeiristas”.
E reforça que os cruzeiros são o único segmento do turismo que exige uma abordagem robusta em várias camadas aos protocolos de saúde e segurança que abrangem toda a experiência – incluindo testes negativos antes do embarque; testes regulares da tripulação; um ambiente onde quase todas as pessoas são vacinadas; limpeza contínua de todos os espaços públicos e quartos de hóspedes/tripulação; uso de máscaras, distanciamento social, ventilação e outras medidas que especialistas em saúde pública de todo o mundo endossaram.
O setor de cruzeiros é vital para a recuperação econômica global. Desde julho de 2020, mais de 6 milhões de pessoas navegaram em quase 90 mercados em todo o mundo. As Companhias associadas à CLIA representam mais de 90% da capacidade oceânica do mundo com aproximadamente 270 navios.
Segundo a CLIA, no Brasil, a última temporada (2019/2020) trouxe um impacto de R$ 2,24 bilhões para a economia nacional e gerou cerca de 34 mil empregos, envolvendo uma extensa cadeia de setores, entre eles comércio, alimentação, transportes, hospedagem, serviços turísticos, agenciamento, receptivos e combustíveis.