
Uma operação nacional, deflagrada na manhã desta terça-feira (15), desarticulou um grupo que atuava em Alagoas, São Paulo, Ceará e no Espírito Santo, além de ter ligação com acusados na operação Lava Jato.
A ação, denominada de Operação Piànjú, é da Polícia Civil do Espirito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Furtos e Roubos de veículos-DFRV/DEIC e GAECO/MPES e contou com o apoio das Policias Civis de SP, AL e CE e da Capitania dos Portos.
Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e particulares, inserção de dados falsos em sistemas informatizados, falsidade ideológica, estelionato e falsa comunicação de crime.
Foram expedidos 126 mandados judiciais, sendo, 18 mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordem judiciais de suspensão de atividades econômicas.
Em Alagoas, os mandados foram cumpridos em Maceió pela Delegacia Especializada de Roubos da Capital (DERC), da Polícia Civil.
Dentre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, três veículos de luxo, 12 motos aquáticas e 11 embarcações. A estimativa é que a organização criminosa sediada no Espírito Santo tenha movimentado mais de R$ 800 milhões.
Lava Jato
Durante os dois anos de investigação, a polícia descobriu que o grupo era composto por dois grandes empresários do Espírito Santo, além de diversos outros membros, que eles agiam como “prestadora de serviços” de lavagem de dinheiro.
O grupo criminoso possuía ligação com empresas e pessoas investigadas e denunciadas no âmbito de diversas fases da Operação Lava Jato, entre elas a Operação Chorume e Descarte, bem como empresas que já foram investigadas por atuarem com os doleiros, todos no âmbito da Força Tarefa.
Uma empresa investigada pelo MPRJ, por desvios de mais de R$ 98 milhões em ICMS, também tinha ligações com os acusados.