De acordo com o levantamento feito pela Polícia Federal, na fraude de auxílio-emergencial em Alagoas mais de 100 CPFs foram utilizados para o golpe. Uma operação, deflagrada nesta segunda-feira (10), está investigando a fraude, após a denúncia feita por alguns donos de lotéricas, que identificaram que determinados funcionários estariam sendo cooptados pela associação criminosa, informando tal fato à Polícia Federal.
Segundo o delegado Gustavo Gatto, que investiga o caso, os documentos são de pessoas diversas e também de outros estados e foram usados pelos criminosos para ativar o aplicativo Caixa Tem e receber o benefício. As investigações apontaram que após todo processo, o dinheiro era desviado pela quadrilha.
A Polícia Federal ainda faz a contabilização do total desviado pela quadrilha, que teve algumas pessoas identificadas. De acordo com o delegado, o primeiro passo da quadrilha era captar o funcionário da Lotérica para conseguir a ativação do aplicativo e seguir com o golpe.
A Operação
O meio fraudulento empregado consistia na ativação indevida do aplicativo CAIXA TEM, realizada pelos empregados cooptados, com o cadastramento e validação imprópria de inúmeros CPFs, o que ensejou vários pagamentos fraudulentos de auxílios emergenciais, em prejuízo ao Erário Público Federal.
“Ademais, observou-se os domicílios daqueles que tiveram os CPFs indevidamente ativados são totalmente diversos e muito distantes do local do cadastro e ativação do CAIXA TEM (Maceió/AL). Outrossim, merece destacar que alguns indiciados possuem uma considerável quantidade de contas bancárias; trata-se de uma característica comum nas condutas de diversos fraudadores investigados na Banco Nacional de Fraude ao Auxílio Emergencial, que se utilizam desse artificio para otimizar e facilitar a movimentação de dinheiro oriundo de fraudes”, informa a nota da PF.
Fonte: Cada minuto
Foto: Reprodução