
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a “Operação Embolia” no sertão de Alagoas. O município investigado não foi revelado pelo MP.
A ação conta com o apoio da Polícia Militar e tem como objetivo cumprir um mandado de prisão temporária de um ex-secretário de Articulação Política de um município localizado no sertão alagoano, além de dois mandados de busca e apreensão para coleta de elementos relacionados às investigações na área da saúde.
Segundo as investigações conjuntas do Gaeco e da 4a Promotoria de Justiça de Santana do Ipanema, o ex-secretário participou de fraudes cometidas por empresários do ramo de medicamentos, que teriam fornecido notas fiscais para uma determinada prefeitura sertaneja, sem o devido repasse dos remédios supostamente adquiridos.
Dois contratos que somam cerca de R$ 250 mil são alvos da apuração. O município investigado, por sua vez, pagou grandes quantias para essas empresas responsáveis, sendo que parte dos valores foram destinados a agentes públicos, configurando o crime de corrupção.
Durante o cumprimento dos mandados, as diligências resultaram na apreensão, dentre outras coisas, de dispositivos eletrônicos e documentos. Tudo isso será levado para a sede do Gaeco para análise por parte dos promotores de Justiça.
Embolia
O nome da operação, Embolia, remete à obstrução de vasos pelo deslocamento de um trombo (coagulação de sangue) até o local da obstrução. No caso da investigação, os agentes envolvidos geraram uma obstrução dos recursos públicos que, em vez de serem destinados à saúde, acabaram por culminar com o enriquecimento pessoal dos investigados.
A operação Embolia é um desdobramento da operação Sepse, anteriormente deflagrada pelo Gaeco. Após o estudo de tudo o que foi apreendido, das provas produzidas e da oitiva dos envolvidos, o Gaeco irá remeter o procedimento criminal ao Poder Judiciário.