Uma funcionária do serviço de limpeza do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Piranhas, no Sertão de Alagoas, procurou o 9° Batalhão da Polícia Militar para denunciar que foi vítima assédio e tentativa de estrupo, crimes que teriam sido praticados por policiais militares lotados no batlhão. A denúncia foi feita pela funcionária em novembro, mas veio à tona nesta quinta-feira, quando foi exibida com exclusividade pela reportagem do programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/RecordTV.
De acordo com o relato da vítima, os crimes, que teriam sidos cometidos por um sargento e um cabo, ocorreram dentro do Cisp de Piranhas. Ainda segundo a denúncia da funcionária, ela estaria trabalhando nas dependências do local, quando um dos militares teria se aproximado dela, ficado nu e tentado estuprá-la. Após a recusa em ceder à tentativa de estupro, o militar teria esfregado o órgão genital nela. A mulher ainda conta que outro PM chegou no mesmo local logo após o primeiro sair e, em seguida, ele também teria a assediado sexualmente.
A reportagem da TV Pajuçara ainda apurou que a funcionária fez um boletim de ocorrência e foi ouvida pela Polícia Civil alagoana. Após ter notificado a polícia sobre os crimes, o procedimento foi enviado à corregedoria da Polícia Militar, responsável por fazer uma investigação interna sobre o caso. Logo após a denúncia da funcionária, o 9° BPM determinou que fosse aberto um procedimento administrativo disciplinar simplificado, que tem a incumbência de apurar as infrações para a aplicação de transgressões disciplinares.
Procurado pela reportagem da TV Pajuçara, o comandante do 9° Batalhão da Polícia Militar, Coronel Winston, disse que um inquérito policial militar foi aberto para apurar o caso e que o cabo e o sargento estão exercendo serviços internos (administrativo). Ainda segundo o comandante, a apuração será rigorosa e outras pessoas devem ser ouvidas durante as investigações.
Fonte: TNH1
Foto: Agência Alagoas