Postagens feitas pela estudante de Medicina repercutiram na internet
A recomendação para que haja o desligamento da jovem foi dada pelo Conselho do Centro Universitário e encaminhada à Reitoria. Agora, uma comissão de sindicância vai avaliar a postura a ser adotada, após ouvir a estudante envolvida no caso. A decisão ficará a cargo do reitor da instituição.
De acordo com o vice-reitor do Cesmac, professor Douglas Apratto, várias etapas previstas no estatuto da instituição estão sendo cumpridas, para dar o direito de defesa à estudante, que é considerada uma boa aluna. Atualmente, a jovem está suspensa e sem poder frequentar o curso pelo período de 6 meses.
Caso o Centro Universitário decida pelo desligamento dela, esse será o primeiro caso registrado pela instituição com esse fim.
Douglas Apratto diz que o Cesmac reprova a atitude da aluna, mas ressalta que ela precisa ser ouvida, contar a sua versão dos fatos e ter o direito de se defender.
“A instituição condena o ato praticado por ela, mas não podemos fazer a justiça do linchamento. Vivemos em uma democracia e ela tem o direito à defesa e ao contraditório. O que ela fez é reprovável em todas as instâncias, mas ela é uma boa aluna da instituição, que cometeu um erro”, afirmou Apratto.
Comumente, o Cesmac aplica punições do tipo advertência e suspensão, tendo em vista que o desligamento é a punição mais extrema a ser aplicada a um aluno. “Isso nunca aconteceu. Já aplicamos muita suspensão, muita advertência, mas desligamento não. É uma atitude extrema, face ao problema grave que ocorreu em Marechal Deodoro”, pontuou.
Agora, os responsáveis pela sindicância irão ouvir a estudante e terão um prazo de 30 dias para entregar uma conclusão sobre o caso.
ENTENDA O FATO
O caso aconteceu no início do mês. Na ocasião, a estudante fez uma postagem no Instagram na qual reclamava que a paciente havia chegado justamente no horário de descanso dela. Depois, em uma nova publicação, ela disse que a paciente havia morrido e ela não tinha conseguido dormir.
Na postagem, a jovem chegou a expor o nome da paciente Lenilda Silva Nunes, 62 anos, que foi em busca de atendimento na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, após sentir dores no peito.
A família da idosa ficou indignada e já afirmou que vai processar a estudante.
A jovem foi desligada do estágio no município de Marechal e encontra-se atualmente suspensa do curso no CESMAC.
Fonte: Gazeta Web
Jamylle Bezerra
Foto: Reprodução Redes Sociais