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7 de setembro de 2024
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Casal detido por envolvimento em esquema de corrupção em licitações de kits de robótica, faziam transações de até R$ 50 mil

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Casal responsável por operar desvios por meio de empresas fictícias no esquema de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em Alagoas, foi preso na última quinta (01) após a Polícia Federal (PF) monitorar sua rotina.

Durante meses, a investigação acompanhou as visitas do casal a várias agências bancárias no Distrito Federal e em Alagoas, onde realizavam entregas de sacolas suspeitas de conter dinheiro. As imagens e identidade dos acusados, Juliana e Pedro Salomão, foram divulgadas pelo programa Fantástico do último domingo (04).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Parte dessas transações era realizada em valores inferiores a R$ 50 mil, possivelmente para evitar o controle do Banco Central. Após as transações, ocorriam saques em dinheiro e entrega dos valores aos destinatários.

Um funcionário do Ministério da Educação (MEC), Alexsander Moreira, foi apontado pela Polícia Federal como um dos suspeitos envolvidos no esquema de fraude na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas.

Ele é um dos alvos da operação que resultou no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão na quinta (01). A investigação também abrangeu aliados do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Durante a investigação, as autoridades identificaram movimentações financeiras suspeitas no valor de R$ 737 mil, sendo parte desse valor depositada em espécie entre outubro de 2021 e novembro de 2022.

As suspeitas iniciais surgiram em municípios de Alagoas, onde todas as aquisições foram feitas através da mesma empresa, a Megalic que tem como um dos sócios Edmundo Leite Catunda Júnior aliado de Lira. A empresa faturou R$ 26 milhões em kits de robótica com verba da Educação, em operação suspeita de sobrepreço, Edmundo Catunda esteve ao menos 101 vezes na Câmara dos Deputados desde 2016. …

Edmundo Leite Catunda Júnior (1º da esq. para a dir.) e seu filho, o vereador por Maceió/AL João Catunda (4º da dir. para a esq.) reunidos com o Presidente da Câmara Artur Lira e outros líderes do PP…

Registros obtidos através da LAI (Lei de Acesso à Informação).


A operação, chamada de Hefesto, mobilizou mais de 110 policiais federais e 13 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). No total, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo Maceió, Brasília, Goiânia, Gravatá (PE) e São Carlos (SP).

Além disso, foram efetuadas duas prisões temporárias em Brasília, com base nas ordens expedidas pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.

O Estado de Alagoas liderou empenhos do FNDE para compra dos kits em 2021, dos quais 25% para a Megalic de Edmundo Leite Catunda Júnior.

De acordo com a CGU, as fraudes e o superfaturamento causaram prejuízos aos cofres públicos no valor de R$ 8,1 milhões, além de sobrepreço, que pode chegar a R$ 19,8 milhões, em relação às despesas analisadas até o momento. Durante a operação, foram encontrados R$ 4 milhões em dinheiro em um cofre pertencente a um dos investigados em Alagoas.

Os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022, durante processos licitatórios, adesões a atas de registro de preços e celebração de contratos para fornecimento de equipamentos de robótica em 43 municípios alagoanos. Os recursos envolvidos seriam de origem federal, provenientes do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

De acordo com as investigações, foi constatado que as contratações foram direcionadas de forma ilícita a uma única empresa fornecedora de equipamentos de robótica. Isso ocorreu por meio da inclusão de especificações técnicas restritivas nos editais dos processos de licitação, impedindo a participação plena de outros concorrentes.

Além das medidas tomadas durante a operação, a Justiça determinou o bloqueio de bens móveis e imóveis dos envolvidos no valor de R$ 8,1 milhões. Foi ordenada a suspensão de licitações em andamento e contratos administrativos celebrados entre a empresa investigada e os municípios de Alagoas que receberam recursos do FNDE para a compra dos equipamentos de robótica.

A PF descobriu que os sócios da empresa e outros suspeitos realizaram transações financeiras com pessoas físicas e jurídicas que não possuíam capacidade econômica ou relevância no ramo de fornecimento de itens de robótica. Essas ações podem indicar tentativas de ocultar bens e valores provenientes de atividades ilícitas.

Fonte: Metrópoles
Imagem: Poder 360
Foto Destaque: Brasil 247
Fotos: Reprodução PF

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