Como já dissemos aqui, as relações entre o presidente da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa já viveram dias de paz e harmonia.
Não é o caso de agora.
Os dois, paulatinamente, foram se afastando, na mesma medida em que Marcelo Victor foi estreitando seus laços políticos com Renan Filho.
Depois do embate sobre a assembleia da Região Metropolitana de Maceió, apoiada por Marcelo Victor e que resultou na partilha ao modo do Palácio dos R$ 2 bi da BRK, Lira deixou claro que eles passariam a viver uma nova fase de amizade desfeita.
É claro que amanhã eles poderão se abraçar de novo (politicamente), sem que fique cicatriz, mas a crise entre os dois vai piorar antes de se resolver.
Agora, o União Brasil, o novo partido (resultante da fusão do PSL com o DEM) entra na disputa entre Lira e MV.
O presidente da Câmara garante que a legenda em Alagoas pertence a ele; o presidente da Assembleia trabalha como se fosse – e pode ser – o dono do União Brasil.
O principal dirigente nacional do partido, Luciano Bivar, já foi comunicado do impasse local. Sinalizou que espera que a dupla se entenda.
O União Brasil, embora comece em ruínas em Alagoas, tem tudo para crescer, a começar pela grana: é o partido com mais recursos dos fundos públicos. Mas sem aliança com Renan Filho, garante Arthur Lira.
E onde tem dinheiro, sabemos, tem disputa.
Fonte: Cada Minuto
Ricardo Mota
Foto: Diário Penedense