Ericksen Dowell foi o primeiro réu a ser ouvido
“Peço perdão à família, sei que sou responsável e me arrependo”, estas foram algumas da palavras de Ericksen Dowell da Silva Mendonça, que está sendo julgado nesta terça-feira (26) pelo assassinato de Abinael Ramos Saldanha, morto em 2016. O réu confesso negou que tenha encomendado a morte da vítima e disse que pagou por um “susto”. O preço? R$ 4.500 quitados antecipadamente.
O depoimento do principal réu do caso foi marcado por negativas e acusações à vítima. Ericksen Dowell contou que pegou emprestado uma quantia em dinheiro com Abinael Saldanha e que vinha sendo alvo de cobranças e ameaças por parte da vítima, contudo, não relatou essas ameaças a ninguém.
Foi em razão dessas ameaças que Dowell disse ter procurado os autores materiais do crime, mas para dar um “susto” em Abinael, pois, segundo ele, em momento algum pediu para que assassinassem o rapaz. Ele disse ainda que a ideia inicial dele era comprar uma arma aos criminosos e não contratá-lo. “Pensei na minha vida e da minha noiva”, relatou.
Questionado sobre o empréstimo que ele diz ter pego com Abinael, o réu disse que não assinou nada e que o maior erro dele foi não ter contado a ninguém sobre as ameaças que, supostamente, recebeu de Saldanha. Dowell também negou que tenha desviado dinheiro da empresa em que trabalhava junto com a vítima.
Todas as testemunhas do caso já foram ouvidas. Entre elas, a ex-noiva da vítima e o irmão de Abinael. Os réus começaram a ser ouvidos durante a tarde.
ENTENDA O CASO
Conforme o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), o crime ocorreu após a vítima descobrir que Ericksen estava desviando valores da empresa em que trabalhavam. Abinael foi sequestrado ao se deslocar da casa da noiva para sua residência e levado para as proximidades da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, onde foi assassinado a tiros em 2016.
Após o homicídio, os acusados atearam fogo no carro da vítima. O celular de Abinael chegou a ser furtado. O corpo da vítima só foi encontrado sete dias depois do crime.
A denúncia aponta Ericksen como o autor intelectual do homicídio. O MP/AL disse, ainda, que o acusado contratou Deivison por R$ 6 mil para cometer o assassinato. Deivison, por sua vez, subcontratou Jalves e Jonathas para que estes pusessem em prática o plano de assassinar a vítima, ocultar o cadáver e incendiar o veículo.
Fonte: Gazeta Web
Hebert Borges