Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), publicados em matéria do Estadão, no último dia 25, mostram que o Norte e o Nordeste reúnem Estados com alto percentual de crianças vivendo em condição de insegurança alimentar. A pior situação é do Maranhão, onde 63,3% das casas com crianças menores de 10 anos estão em situação de insegurança moderada – em caso de quantidade insuficiente de comida – ou grave, caracterizada pela privação de alimentos e fome. Em seguida, aparecem Amapá (60,1%) e Alagoas (59,9%).
No Centro-Oeste, conforme dados, chama a atenção o quadro do Distrito Federal e de Mato Grosso do Sul, com porcentual de 42,9% e 40,7%, respectivamente, de insegurança alimentar moderada e grave em lares com crianças com menos de 10 anos, conforme o estudo do Penssan. Além disso, a pesquisa do Observa Infância, que coletou dados em setembro deste ano, apontou que esta região tem a 2ª maior taxa de internação de bebês menores de 12 meses por desnutrição em 2021.
Apesar de Nordeste e Centro-Oeste aparecerem com a maior taxa de internações, no estudo do Observa Infância, especialistas ressaltam que o dado de hospitalizações de bebês por desnutrição no Norte pode estar subnotificado – o que poderia mascarar a realidade local, segundo publicação do Estadão. A região Sul, por sua vez, foi a única em que caiu a taxa de hospitalização por desnutrição em menores de 1 ano entre 2020 e 2021, passando de 110,6 por 100 mil nascidos vivos para 107,1.
BENEFÍCIOS
Benefícios como o Auxilio Brasil tem por objetivo reduzir a fome em todo o país, com ajuda financeira a famílias de baixa renda. Em Alagoas, cerca de 520 mil famílias foram assistidas pelo programa em setembro.
Há também o Programa Nutrir, criado pelo Instituto Malwee, que tem por objetivo de desenvolver e apoiar projetos relacionados ao combate à desnutrição infantil. O programa conta com parceria de entidades locais, que já vêm desenvolvendo ações e estudos na área e detêm o conhecimento técnico científico e o contato com as comunidades locais que serão beneficiadas.
Um dos lugares escolhidos para receber a primeira edição do programa foi a cidade de Maceió, no Estado de Alagoas. O Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), de Alagoas, atua, desde 2007 no combate à desnutrição infantil no Estado, e recebe, agora, o Instituto Malwee como parceiro para atender cerca de 200 crianças de 1 a 5 anos, de Maceió.
Além do projeto em Maceió, o Programa Nutrir também terá uma iniciativa em São Paulo/SP, com o projeto Cultivando Horizontes, do CREN/SP.
Fonte: Gazeta Web
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